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POR AQUI OS PRATOS SEMPRE CAEM.


Uma das primeiras coisas que aprendi quando fui transformar meu Instagram para profissional foi - Você precisa fazer um destaque de Quem é você! Pronto, tá aí o primeiro bloqueio, como é que vou fazer isso se vivo em constante transformação?


Sei que muitas vezes a maneira como apareço aqui super organizada, de forma leve e calma pode aparentar que minha rotina depois da transição de carreira está sendo como em um filme no estilo Comer Rezar Amar.


Não está sendo nada mal, mas tem sim muitos desafios e como. Está sendo um aprendizado constante de como dar ritmo e cor a toda essa nova rotina.


Eu me preparei muito, psicologicamente, financeiramente e profissionalmente em relação aos melhores cursos, materiais e estrutura. Site, ID visual, CNPJ, Registro de marca, mentorias etc...

Como boa administradora isso foi bem natural para que eu iniciasse minha carreira como consultora de imagem sem muito amadorismo.


Na verdade essa sempre foi uma das minhas maiores preocupações, o amadorismo. Não queria atender qualquer cliente se quer, sem antes estar com o diploma e os melhores materiais na mão. Precisava me sentir capaz de responder as perguntas que cada uma delas poderiam me fazer ou me sentir capaz de ajuda-las a encontrar as respostas.


Desenhei qual o tipo de consultora gostaria de ser: Aquela que ajuda, ensina as clientes a se vestirem melhor, a se sentirem melhor e com autonomia. Meu intuito nunca foi cativar clientes dependentes de mim, mas sim compartilhar meu conhecimento, tudo que aprendi e me dediquei com tanto amor para facilitar a vida delas também.


Para mim o conhecimento liberta, amo aprender, mas gosto muito, e me sinto realizada quando consigo compartilhar o que sei. Sinto-me recompensada pela dedicação aos estudos.


Mas com o decorrer dos meses, comecei a sentir dificuldades em me posicionar. Para que as pessoas soubessem de todo meu potencial eu precisaria aparecer mais, afinal, como é que elas iam entender que precisam da minha ajuda se eu não falo como posso ajuda-las?!


Então, foi aí que percebi que todo aquele meu planejamento inicial não me ajudaria nesse sentido. Todos os livros e cursos de Imagem, estilo, cores, etiqueta, visagismo, temperamentos, psicologia etc, etc, e aqui pode ser muuuitos etcs, não me ajudariam a mostrar isso para minha audiência. (Tá aí algo que ainda soa bem estranho para mim).


Comecei a buscar conhecimento em marketing, vendas, conteúdo digital, imersões, de diversos tipos até encontrar uma maneira de como gostaria de "vender sem vender".


Pois é, como é difícil para mim ficar oferecendo meu serviço, não sei vocês, mas cada vez mais surgem pessoas, empresas oferecendo serviços/produtos que a gente nem sabe que, ou se precisa. Ta bem sufocante.


Um dia fiz um curso onde falavam que você tem que atingir a emoção do seu cliente. Isso super me cativou a comprar o curso, faz todo sentido para mim, sentir, ter emoção, mas aí disseram: primeiro seu cliente compra pela emoção e depois ele pensa com a razão.


Eu já fui assim, sanguínea e pisciana agem 100% pela emoção, mas então me vi aprendendo uma tática que muitas vezes me deixava triste no pós compra. Poxa, fui pela emoção e não raciocinei se realmente precisava disso, poderia ter investido em outra coisa.


Foi então que me coloquei em conflito novamente, óbvio que preciso vender, claro que quero que as pessoas precisem da minha ajuda para que eu possa prestar um serviço de qualidade que me dediquei horas e muito dinheiro para aprender, eu confio no meu produto e sei que pode ajudar, mas como fazer isso de forma que não fuja dos meus valores, que não faça com elas o que já fizeram comigo muitas vezes empurrando coisas e serviços que não precisavam?


Foi então que mergulhei em mim, como boa pisciana esses mergulhos são libertadores e revolucionários. Usei o que eu mais sei, pensar, meditar e estudar. Confesso que muitas vezes essa possibilidade que sei bem como fazer só aparece na hora da dor, mas ok funciona e foi o que fiz.


De repente, comecei a olhar em minha volta e vi o quanto bagunçada eu estava me sentindo, por dentro, por fora e para começar a organização comecei por fora. Arruma uma gaveta aqui, um armário alí, desapega uma roupa aqui, aquele sapato ali... e então eu percebi o quanto de coisa eu tinha. Meu Deus, logo eu que iniciei a profissão não querendo incentivar o consumismo tinha peças com etiqueta no meu guarda-roupas.


A cada cômodo da casa que arrumava era um incomodo novo, foi então que decidi me desafiar sem pensar muito, vou ficar 1 ano sem comprar roupas, acessórios e maquiagem.


Certo, mas e o "problema com venda" como você vai conseguir pagar as contas, se você não oferece o seu produto? Confesso que tentei fazer alguns lançamentos, informar valores e novos serviços.


Mas eu não gosto e vender, ficar oferecendo... Deus como é que isso vai dar certo?


Fui analisando todas as minhas clientes que atendo e já atendi. Grande parte delas vieram por uma conversa, por alguma orientação que dei em um bate papo, indicação de amigas que já fizeram algum serviço comigo e experimentaram meu valor, alguma ajuda que dei de forma instantânea e elas quiseram mais, valorizando meu trabalho a ponto de marcarem um horário comigo e pagarem por ele. Todas foram por conexão e não por oferta.


Tenho algo muito firme em meu propósito que é ajudar mulheres, e dentre essas mulheres a principal sou eu. Não posso ultrapassar meus limites de carga horária, trabalhar de graça, aceitar propostas ou parcerias que não estejam de acordo com meus valores e gostos pessoais. Sacrificar um momento especial de lazer, família para atendimento, respeitar minha saúde física e mental (Não esquecer do burnout que enfrentei). Atender clientes que realmente querem ser ajudadas e aprender a fazer escolhas inteligentes que as libertem e não criem personagens.


Sentei novamente para escrever os valores, os propósitos e a visão da empresa. Foi então que entendi que todo meu planejamento não foi em vão, as coisas estão acontecendo no seu tempo.


Primeiro estudei, tá aí algo que nunca vou parar, aprendi a amar o que faço, estruturei minha empresa e agora estou aprendendo a como oferecer meu serviço a ponto de conseguir ser recompensada justamente pelo resultado, entrega e viver desta profissão que tanto tem me realizado.


A realização não precisa ser só financeira, claro que não, mas somos adultos. Sigo aqui aprendendo com meus desafios de como seguirei com a parte menos encantadora da profissão. Alguns pratos sempre caem mas cabe a mim redecora-los.


Deixo um super beijo com todo meu amor para quem chegou até aqui. Se você chegou, obrigada e me conta aqui nos comentários para eu saber.


Bruna Moreira.

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