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Patrícia Leite de Paula

O mulheres que inspiram deste mês é muito especial para mim. ♥

Todos são eu sei, mas a inspiração desta mulher em minha vida não é de agora, mas desde que me conheço por gente.

Com ela tenho muitas memórias de infância, adolescência e vida adulta.

Ela tem muita influência na minha fé, no amor, e me inspira em tantos caminhos.

Sempre me faz sentir amada, mais do que presente fisicamente, ela me faz sentir sempre protegida em suas orações.

Minha mãe sempre diz em tom de brincadeira " Não sei quem a Bruna puxou em ser tão vaidosa assim".

Por um tempo eu realmente não sabia, mas após começar a estudar a Psicologia da Autoimagem e rever o meu EU do passado, a formação de personalidade na infância, ela sempre me vem a cabeça como inspiração.

Amava vê-la se arrumando em casa com minha irmã, cabelos longos, maquiagens...

Meu desejo era uma necessaire de maquiagem também.

Ela me ensinou a ser vaidosa? Claro que não! Mas foi fundamental para que eu descobrisse este ritual de se olhar no espelho, de se arrumar, se admirar e permitir se sentir linda.

Hoje ela continua se arrumando, se cuidando e compartilhando a importancia da mulher se sentir bem para cuidar de quem está ao seu redor. Tenho certeza que ela vem inspirando seus filhos a se permitirem esse cuidado também.

Sem mais delongas... Espero que vocês se inspirem também.

Obrigada Paty por fazer parte da minha história, ser uma madrinha incrível e me permitir dividir um pouco da sua história com minhas maravilhosas.


 

Que alegria poder contribuir neste blog com um pouco de minha história. Como são muitas histórias e ocorridos, resolvi hoje falar sobre uma parte dela, que é sobre a realização de ser mãe gestado no coração.

Era 2 de outubro de 2004, eu me unia em matrimônio com o amor da minha vida, Márcio de Paula, na Igreja Matriz de São João Batista, em Caçapava/SP, uma celebração matrimonial lindíssima, com nossos familiares, amigos, com Santa Missa, coroação à Nossa Senhora, a quem somos consagrados e foi tudo e muito mais como desejávamos!

Foram anos, ambos, pedindo a intercessão de São José e Nossa Senhora para nos encontrarmos! Antes disso, foram muitos livramentos, muitos relacionamentos que de longe se via que não daria certo.

Conhecemo-nos em um grupo de oração em Taubaté, chamado Corações Unidos, lá juntamente com nossa família, reuníamo-nos para rezar, ir às vigílias, retiros, terços, missas, formações, missões...

Não tínhamos muitas coisas em comum, mas uma coisa nos unia, o desejo de fazer a vontade de Deus.

E seguimos até hoje nessa busca incessante para a que a vontade de Deus se faça na nossa vida, nas nossas decisões no dia a dia.

Passados alguns anos de casamento começamos a tentar engravidar, e o que achávamos que levaria alguns meses, tornaram-se tortuosos anos, com idas e vindas em médicos, tratamentos, exames, gastos e desgastes, lágrimas, depressão, expectativas a cada mês indo abaixo com cada final de ciclo. Além de perguntas, que para nós eram como cobranças, mesmo sem intenção, os comentários nos desgastavam, porém, a cobrança maior, era feita por nós mesmos. Era muito difícil para mim, eu sentia-me humilhada pela incapacidade de ser mãe, como se Deus tivesse esquecido de mim, logo eu “consagrada à Nossa Senhora”, como podia não poder gerar um filho, não podia ser mãe. Mas era um grande engano, até uma cegueira, porque, mãe eu sempre pude ser, o que eu não podia era gerar filhos no ventre, o que é bem diferente, porém, meu coração sempre pode gerar, os filhos adotivos são gerados no coração!

Uma coisa sempre tínhamos em mente: íamos até onde a natureza nos permitisse, e não demorava muito para que os médicos sugerissem a fertilização, e nós sempre em busca de estar com a igreja e fazer a vontade de Deus, deixávamos claro que não era dessa forma que Deus nos daria filhos.

Quando em nossa última tentativa com um médico renomado, disse-nos ele que não seria possível engravidarmos, mesmo com tratamento. Nós, então, começamos a rezar e buscar conhecer um pouco mais sobre processo de adoção.

O Márcio, sempre dizia que tinha certeza de que seríamos pais, não sabia quando e nem como, mas tinha certeza que seríamos!

Assim prosseguimos dando entrada no processo de solicitação de adoção, é necessário entrar com um pedido oficial no fórum, juntar várias documentações, aguardar visita de uma Assistente Social, passar por entrevista com Psicóloga, e por mais que, muitos até desistam nesse período, ele é necessário para amadurecimento da decisão, é como uma gestação do coração, a espera, a expectativa, imaginar como será o sexo, a carinha, o jeitinho etc.

Como toda gestação, não é fácil a espera, às vezes ficávamos no escuro, na tempestade, medo, insegurança de saber se iríamos dar conta, mas tínhamos também momentos de acalento, como quando conhecíamos pessoas e histórias de quem havia adotado, e no grupo de Apoio a Adoção que participávamos, era possível essa convivência com os casais que já tinham vencido essa fase e já estavam com seus filhos, e esses encontros nos enchiam de esperança!

Um detalhe importante, demos entrada nos papéis no dia 25 de março, dia da Encarnação do Verbo, disse à Nossa Senhora “mãe 9 meses, hein!”, e acreditem, 9 meses depois entramos na fila oficial de adoção e em dezembro do outro ano já estávamos em casa, tendo nosso primeiro natal com nossos filhos. Esse Natal eu senti como José e Maria, que depois de tantas provações, puderam ver com os seus próprios olhos o filho de Deus no meio deles. E ali estamos nós, eu e o Márcio, olhando para o menino Jesus, presente no Gustavo e na Vitória.

Claro que a história não acaba por aí, não é um filme ou um conto de fadas, não tem fundo musical da Disney rs, somos humanos, falhos, eles são crianças, estão crescendo, tem suas fases; surgem grandes desafios para nós que queremos educar, fazer deles pessoas do bem e de fé, mas demanda energia e muita sabedoria. Hoje vejo também muito claro o quão necessário é a vida de oração, de pedir paciência, sabedoria para amar, cuidar, educar e dar exemplo, pois é o exemplo que arrasta. E como é necessário para nós estarmos em comunhão com Deus para isso.

Hoje já virou uma mistura, nem me lembro como era sem eles, não lembro que não veio da minha barriga e já não me vejo sem eles. Como cresci, amadureci e sou transformada por essa gestação do coração, que me desafia e que me renova a cada dia. Hoje me sinto mais eu, mais mulher e mais de Deus.

Por um tempo, confesso que me deixei um pouco de lado para me dedicar a eles, o que também não aconselho, filhos precisam de mães que se cuidem, se cuidem para cuidar, se amem para amar, que sejam exemplo de amor ao próximo, mas também do amor-próprio.

Deus é bom sempre o tempo todo! Ele não demora, ele capricha e como caprichou!

“O Senhor fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome!”



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